Você encontrou o apartamento ou a casa no bairro que queria e por um valor que cabe no seu orçamento. Tudo resolvido, certo? Errado. Apesar da ansiedade que comprar um imóvel novo pode gerar, essa é uma decisão a ser tomada com calma e analisada em vários aspectos.
“O comprador precisa entender quais são as exigências que ele tem e só fechar negócio ao encontrar uma propriedade que atende a todas elas”, recomenda o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto.
Veja abaixo alguns pontos que merecem a sua atenção.
O que é uma boa localização para você
Morar em regiões centrais oferece a proximidade com boas redes de transporte e serviços, além de fácil acesso às principais vias da cidade ou região. Porém, tem agitação e barulho no entorno. Lugares mais distantes do centro tendem a ser mais tranquilos, mas aumentam o tempo e o custo dos deslocamentos.
Qual é o estado de conservação do imóvel
Veja se está tudo funcionando normalmente e se não há infiltrações, rachaduras, desníveis de piso e problemas estruturais, como goteira, entupimento de cano e risco de curto-circuito. Se atente à parte elétrica e hidráulica: verifique todas as torneiras, chuveiros, lâmpadas e tomadas. Todos os defeitos e problemas da casa devem ser vistos e resolvidos antes de adquirir o imóvel.
Como é o bairro em horários e dias diferentes
Converse com os vizinhos e comerciantes para tirar todas as suas dúvidas sobre a região. Escolas, estádios e casas de shows tendem a gerar trânsito nos arredores. Assim como lugares com muitos restaurantes e bares podem ser mais movimentados em períodos do dia. Pesquise também sobre a segurança da área. Procure por dados de crimes e veja se há policiamento no local.
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A documentação para comprar imóvel é extensa
Será preciso providenciar os seguintes documentos obrigatórios:
– Certidões negativas: de protestos; de ações cíveis e criminais; de execuções fiscais estadual e municipal; de quitação de tributos federais; de ações trabalhistas; e de interdição, tutela e curatela.
– Matrícula atualizada: para verificar se o imóvel não está sendo afetado por uma ação.
– Certidão de situação fiscal: obtida na Prefeitura, mostra se o imóvel tem dívidas municipais, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
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– “Habite-se”: obtido na Prefeitura, atesta que o imóvel é habitável.
– Declaração de inexistência de débitos condominiais: em caso de imóveis que fazem parte de um condomínio é necessário pedir esse documento para o próprio síndico ou para a administradora do local.
Quanto custa o condomínio
Se for morar em um prédio ou condomínio de casas é preciso incluir aos seus custos fixos o valor mensal cobrado para a manutenção da propriedade. Caso a compra do imóvel seja feita a prazo, some o valor do condomínio à parcela e veja se o valor final não compromete o seu orçamento.
É mais seguro fazer negócio com um corretor
Os bons profissionais estão comprometidos a passar informações relativas aos documentos do imóvel e a não omitir o estado de conservação da propriedade e os vícios da construção, como infiltração e dificuldade de escoamento de água. Além do mais, para fechar a venda, o corretor pode oferecer mais opções de negociação do que o proprietário.
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