O atual governo estadual acertou no alvo quando decidiu integrar, em secretaria única, duas áreas interdependentes: desenvolvimento urbano e habitação. E o secretário da Pasta, Marcelo Cardinale Branco, está determinado a adotar ações concretas para tornar as cidades mais inclusivas e ampliar a oferta de habitações de interesse social.
Essa postura ficou clara em recente encontro com entidades do setor, quando anunciou que, até que estejam concluídos os estudos de reformulação dos seus programas, voltará a liberar subsídios habitacionais da Agência Casa Paulista, na forma vigente no governo anterior. Vinculada à Secretaria da Habitação, essa agência tem por finalidade executar uma política de fomento à oferta de habitação de interesse social.
Os objetivos da secretaria poderão ser mais facilmente alcançados mediante a adoção de algumas medidas recomendadas pelo setor imobiliário para ampliar as perspectivas de acesso à moradia pelas famílias paulistas, principalmente as que estão em situação de vulnerabilidade.
Segurança jurídica e previsibilidade melhoram o ambiente de negócios e são vetores fundamentais para que as empresas que atuam na produção de empreendimentos imobiliários, notadamente os de caráter social, possam atender às demandas da coletividade.
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Sob essa ótica, as entidades do setor fizeram algumas propostas. Dentre elas:
Embora pareçam muito técnicas, essas medidas têm grande relevância para as empresas do mercado que possuem capacidade de empreender em vários municípios.
Hoje, cada cidade tem normas próprias. Conhecê-las e interpretá-las é complexo e exige longo tempo de aprendizado. Como tempo é oportunidade, muitas empresas decidem não ir ao encontro da demanda instalada em outras localidades.
Com isso, todos perdem: as habitações deixam de ser produzidas; as famílias ficam desatendidas; os empregos não são criados; e a ativação econômica, incluindo geração de renda e impostos é desperdiçada.
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Havendo regras comuns, o setor tem segurança para empreender moradias sociais em âmbito estadual. Todos ganham.
No tocante à universalização das regras, o secretário Marcelo Branco vai além: sua intenção é trabalhar pela integração entre planos diretores regionais e municipais, bem como apoiar municípios sem recursos a elaborarem seus planos diretores e promover o desenvolvimento urbano, com a máxima participação da iniciativa privada que, segundo ele, tem de ser a protagonista nesse processo, deixando para o Estado o que ela não consegue fazer.
Como a maioria das cidades costuma ter um corredor de ônibus, incentivar a adoção do conceito de eixo de estruturação urbana, como a que foi viabilizada pelo Plano Diretor da capital paulista é um exemplo a considerar. Trata-se de interessante modelo para ampliar o adensamento nas áreas de influência desses eixos, aumentar a oferta de habitações, suprimir a necessidade de vagas, e reduzir a poluição, incentivando substituir o uso do carro pelo transporte coletivo.
É por meio da sinergia de ideias, programas e ações dos governos federal, estadual e municipais que teremos maior eficiência no combate ao déficit de moradias e, ainda, cidades mais funcionais e inclusivas. O Estado de São Paulo poderá ser força indutora, sendo exemplo do que fazer para que mais e mais famílias tenham o abrigo de um teto digno.
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