O levantamento inédito revela mudança de comportamento na busca de um imóvel para compra e locação. O estudo com 1.700 entrevistados mostra que agora ter varanda, vista livre e ambientes mais bem divididos são características consideradas importantes ou muito importantes por mais de 50% do público no pós-pandemia.
O estudo “A Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário” mostra que, olhando para os atributos que as pessoas passaram a valorizar, aparece em primeiro lugar a localização com mais ofertas de comércio ao redor. Em segundo lugar na preferência do consumidor estão os ambientes mais divididos, guardando a privacidade dos dormitórios e a separação da cozinha. Em terceiro, imóvel com varanda e visão desimpedida para a paisagem.
Para Deborah Seabra, economista do Grupo ZAP, a mudança de comportamento neste momento pode permanecer. “Estamos entrando no novo normal. As pessoas já estão acostumadas ao novo cenário e já não têm mais o choque inicial. Elas começam a manter uma rotina de consumo, como anteriormente, mas pensando de uma forma diferente”, explica a economista.
Na entrevista, perguntados sobre o que muda no imóvel desejado para compra depois da pandemia, 60% dos respondentes afirmaram a preferência pela visão desimpedida. Ainda, 52% disseram desejar mais dormitórios, também 52% incluíram espaços com metragem maior, 44% mais banheiros e mais proximidade com o local de trabalho. Além disso, 32% dos entrevistados mencionaram desejar morar em um andar mais alto.
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Já para locação, o cenário muda um pouco: 53% dos respondentes querem morar mais perto do local de trabalho, seguido de ter uma vista desimpedida (51%), mais dormitórios e maior metragem (42%), mais banheiros (34%) e, por último, situado em um andar mais alto (25%).
A necessidade de isolamento e a busca por saúde e bem-estar estão motivando a procura por imóveis que permitam o contato com a natureza. A Planalto Invest, incorporadora sediada em Goiás, alavancou seus negócios com um dos maiores empreendimentos imobiliários daquele estado, o condomínio de chácaras Terra Santa, a 26 quilômetros de Goiânia. Em abril, a empresa vendeu 7,5 vezes mais lotes do que havia registrado em março, atingindo R$ 9 milhões em VGV (valor geral de vendas). No total, foram 60 unidades comercializadas, contra apenas 8 vendidas no mês anterior.
Para maio, com a mesma estratégia, é aguardado novo recorde, com a expectativa de atingir 75 unidades vendidas. A ferramenta para alcançar a virada contou com a ajuda de corretores e promoveu rodadas virtuais de negócios no formato de webinars. “Os clientes compraram suas chácaras sem conhecerem o local com a condição de poderem trocar de lotes dentro de 15 dias”, explica o CEO da Planalto Invest, José Roberto Nunes.
Ele relata que as vendas estavam em queda antes da pandemia e a situação de afastamento pessoal só agravou o quadro. A ideia, executada em uma semana, foi convidar corretores de imóveis para a realização de três webinars de apresentação e vendas do Terra Santa. Além das chácaras, o complexo possui parque aquático, estrutura de lazer e clube de férias. O projeto de expansão, com obras previstas para começarem em breve, inclui resorts temáticos e piscina de ondas, entre outras atrações. Em sua plenitude, deverá se tornar um destino de lazer e férias com grande potencial de visitação e alta valorização imobiliária.
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