Aluguel

Startup de aluguel por hora explode na quarentena

Globe, startup que permite alugar quarto por hora, faz sucesso na quarentena
Katherine Rosman, The New York Times
25-05-2020 - Tempo de leitura: 2 minutos

O Globe é para quem não consegue mais, no meio deste período de isolamento social, passar um segundo sequer ouvindo as “piadas corporativas” do marido numa reunião do Zoom. Ou não aguenta mais o colega de apartamento fazendo barulho ao comer cereal. 

Todos precisam de pausas – e como não dá para ir para o trabalho, um espaço de coworking ou a um café, é possível alugar uma sala no Globe. Ou um apartamento inteiro, de uma vez, por algumas horas. Não é possível passar a noite em nenhum desses locais e, por conta do coronavírus, o usuário tem de mandar uma foto para mostrar que não está com febre. “Em um período em que as pessoas estão à beira de um ataque, uma vez que ninguém imaginou que ficaríamos tanto tempo juntos, nós damos um alívio às pessoas”, diz Bamfo. 

Foi o caso de Brittney Gwynn, de 32 anos, que está em quarentena com seu namorado no Brooklyn. “Nosso amor é sem limites, mas estamos passando tempo demais juntos e estávamos sempre numa pilha de nervos”, disse ela. Gerente de projetos de uma empresa de arte online, ela descobriu o Globe no ano passado, quando buscava um local para uma festa luxuosa com colegas de trabalho. 

Durante a quarentena, ela prestou bastante atenção até ver se algum apartamento próximo se tornava disponível – e não hesitou em alugar um espaço por US$ 100 por apenas duas horas. “Trouxe meus lenços antibactericidas. Limpei a mesa e a maçaneta, o interruptor de luz e qualquer área do apartamento em que estive”, disse ela. Enquanto esteve no apartamento, fez uma conferência do trabalho por 45 minutos. Depois relaxou por mais uma hora. 

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Antes do Globe, Emmanuel Bamfo já havia tentando um negócio na área de aluguel de “curtissimo prazo”. Ele e dois amigos da Universidade de Washington tinham criado o Recharge, uma startup que ligava profissionais que faziam bicos com quartos de hotéis vazios. A ideia era que essas pessoas – motoristas de aplicativo, entregadores – pudessem tirar um cochilo ou tomar um banho nos quartos, quando estivessem longe de casa. A ideia era boa, mas os funcionários de hotéis protestaram por ter de limpar os quartos muitas vezes. 

Bamfo, então, decidiu expandir o conceito para qualquer pessoa que precisasse de um lugar para relaxar. Na outra ponta, qualquer pessoa que quisesse ganhar uma grana com suas casas. E se juntou com outro amigo dos tempos de faculdade, Eric Xu, que trabalhava como engenheiro no Reddit. Em seus primeiros meses, o Globe ia bem: havia oferta e demanda, mas faltava descobrir como o negócio poderia escalar. E aí veio o coronavírus

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