Na Paraíba, 13,86% das pessoas atrasaram ou não pagaram o aluguel nos últimos 60 dias. É o estado brasileiro com maior inadimplência em outubro, de acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, empresa que desenvolve tecnologias para o mercado de condomínios. Além do estado nordestino, apenas Amazonas (10,68%) registrou uma taxa de inadimplência acima dos 10% no período.
Segundo o levantamento, as regiões Norte (6,02%) e Nordeste (4,69%) do Brasil são as que mais atrasam o aluguel. Elas são seguidas pelo Sudeste (3,09%), Sul (2,70%) e Centro-Oeste (2,59%). Manoel Neto, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, explica que a inadimplência está relacionada a fatores macroeconômicos da região e do País, como desemprego e PIB.
“O aluguel é, em geral, o maior desafio sobre a renda do brasileiro que não tem imóvel próprio”, analisa. “O Centro-sul tem uma economia mais pungente e uma taxa baixa de desemprego. Ao passo que o Nordeste e o Norte dependem de incentivos governamentais e tem maiores taxas de desemprego, por exemplo”, sintetiza o executivo.
Ranking de inadimplência
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O estudo, que analisa dados de 800 mil clientes que possuem boletos que estão há mais de 60 dias sem pagamento ou que foram pagos com atraso de mais de 60 dias, foi apresentado durante o Superlógica Next 2024, evento voltado para administradoras de condomínios, síndicos e imobiliárias que acontece nesta terça-feira (19), em São Paulo.
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Rondônia (9,19%), Maranhão (6,65%), Pará (5,40%) e Acre (5,18%) são os estados mais inadimplentes do País. No outro extremo, Santa Catarina (2,03%), Sergipe (2,06%), Distrito Federal (2,13%), Minas Gerais (2,54%), Mato Grosso do Sul (2,54%) e Rio Grande do Sul (2,56%) são os estados com o menor número de inadimplentes.
Apesar de estar no Nordeste, Sergipe sempre está entre as regiões menos inadimplentes do País. Neto justifica que o turismo ajuda a explicar este fenômeno. “Aracajú está sendo ‘vendida’ internacionalmente, sobretudo para turistas estrangeiros, que começaram a migrar para o estado em busca de uma melhor qualidade de vida e boa aposentadoria”, pontua.
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Cerca de três em cada 10 brasileiros atrasaram ou não pagaram o aluguel nos últimos 60 dias. Outubro chegou ao fim com uma taxa de inadimplência de 3,31%. O número simboliza uma alta de 0,17% em relação a setembro, mas é o terceiro mês com menos inadimplência no ano – 0,55% menor do que em fevereiro e abril, quando registrou o pico do ano.
É curioso observar que a maior taxa de inadimplência foi observada entre o público que aluga casas de alto padrão e pagam aluguéis acima de R$ 13 mil (6,08%).
“As garantias necessárias para alugar estes imóveis são muito altas e as locadoras costumam abrir exceções, permitindo a locação sem garantia. Este cenário pode desembocar na inadimplência”, aponta Neto.
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Já a menor taxa de inadimplência englobou os imóveis de R$ 2 mil a R$ 3 mil. O estudo também mostra que pessoas que moram em casas têm uma taxa de inadimplência (3,79%) maior do que quem vive em apartamentos (2,34%).