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Roubos a residências cai 13,3% no Brasil

Anuário Brasileiro de Segurança Pública indica que movimento é influenciado pela pandemia/ Crédito: Getty Images
Breno Damascena
27-07-2023 - Tempo de leitura: 1 minuto

O número de roubos a residências no Brasil caiu 13,3% entre 2022 e 2021, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No mesmo período, os estabelecimentos comerciais também registraram queda de 15,6%. O movimento vai na contramão da alta observada em outros crimes contra o patrimônio, como roubo e furto de veículo, roubo e furto de celulares e estelionatos.

O analista criminal e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Guaracy Mingardi, afirma que a queda no roubo a imóveis foi potencializada pela pandemia. “Durante a quarentena, mais gente ficou em casa, o que dificulta a prática. Com a família inteira em casa, o risco para o criminoso é maior. Além disso, o ‘custo-benefício’ deste tipo de crime diminuiu.”

O anuário indica que aconteceram 34.340 roubos à residências em 2021 contra 29.934 em 2022. As maiores quedas foram observadas em Roraima (-40,7%), Amazonas (-36,0%) Sergipe (-34,7%). Apenas a Bahia registrou aumento durante o período apurado (136,3%).

No entanto, outras modalidades apresentaram aumento após a pandemia. Com mais pessoas nas ruas, os registros de roubo e furto de celular, por exemplo, totalizaram 999.223 ocorrências em todo o País ano passado. É um crescimento de 16,6% em relação a 2021.

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O mesmo vale para roubos e furtos de veículos, que subiram 8% no ano passado. “Os criminosos migram para o que dá mais dinheiro, tem menos riscos e é mais fácil”, analisa Guaracy. 

Além disso, outro tipo de crime ao patrimônio vem apresentando números alarmantes: estelionatos e fraudes eletrônicas. Aqui se encaixam os famosos golpes virtuais, em que o infrator usa informações fornecidas pela vítima ou via redes sociais para ameaçá-la ou tirar proveito dela.

Mais de 1,8 milhão de ocorrências foram registradas como crime de estelionato em 2022. O número equivale a uma média de 207,7 casos registrados por hora no Brasil e impulsiona uma alta de 37,9% entre 2022 e 2021.