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Prefeitura vai usar antigos imóveis da Fundação Casa para acolher moradores em situação de rua

O primeiro local a ser entregue será o Centro de Acolhida Especial (CAE) para Famílias no Itaim Paulista/ Crédito: Getty Images
Renata Okumura, O Estado de S.Paulo
10-08-2022 - Tempo de leitura: 2 minutos

A Prefeitura de São Paulo está reformando seis antigos imóveis desocupados, onde funcionavam unidades da Fundação Casa, para a utilização dos serviços de acolhimento da população em situação de rua.

Os prédios da Fundação Casa foram cedidos pelo governo do Estado de São Paulo, em parceria firmada entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania.

Dois deles estão localizados no Itaim Paulista, dois em Guaianases, um no Parque do Carmo, na zona leste, e um em Taipas, na zona norte.

O primeiro local a ser entregue será o Centro de Acolhida Especial (CAE) para Famílias no Itaim Paulista. Com capacidade para acolher 100 pessoas, a previsão de entrega, com as readequações já realizadas, está prevista para o dia 23 de agosto.

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“As unidades tinham outro caráter de uso. Portanto, em todas elas, haverá a necessidade de adequações para a retirada de portas com grades, alambrados e adequações elétricas e hidráulicas para banheiros de uso privativo, além de toda revitalização com jardinagem e pintura, e instalação de biblioteca”, disse a Prefeitura, em nota.

Conforme a administração municipal, a vigência da concessão dos espaços públicos estaduais é até setembro de 2023, podendo ser renovada por mais tempo.

Crescimento da população em situação de rua

Em dois anos, a população em situação de rua na cidade de São Paulo cresceu 31%, divulgou a Prefeitura em janeiro deste ano. Na ocasião, foi informado que 31.884 pessoas estavam vivendo nas ruas. O aumento de 2019 para 2021, de 7.540 pessoas, equivale à toda a população em situação de rua do Rio de Janeiro, analisou a prefeitura.

Os dados são do Censo da População em Situação de Rua, que deveria ser realizado apenas em 2023, mas foi antecipado numa tentativa de propor respostas rápidas às consequências socioeconômicas da pandemia da covid-19, ainda de acordo com a Prefeitura.

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Regiões como Perus, Vila Maria-Vila Guilherme e Santana-Tucuruvi, na zona norte; Penha, Itaquera, Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista, Sapopemba, Guaianases e Itaim Paulista, na zona leste; e Ipiranga, Vila Mariana, Jabaquara e M’Boi Mirim, nas zonas sudeste e sul, registraram crescimentos significativos da população em situação de rua, mostrou o censo. Em todas elas, o aumento foi superior a 100%, ou seja, maior do que o dobro do número de pessoas nessa situação em 2019.

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