Quem nunca entrou em um dilema por não saber por onde iniciar a obra da casa ou não conhece alguém que tenha passado por isso? Para construir ou reformar é fundamental conhecer as fases do processo para evitar prejuízos, extensão do prazo de execução e outros apuros.
“É importante saber que a contratação do projeto arquitetônico é o start para a definição das demais etapas”, afirma a arquiteta Luana Arruda do Arq Ars – Arquitetura e Urbanismo.
Segundo ela, o projeto varia de cliente para cliente, por isso precisa ser personalizado, pensado nas necessidades e anseios de cada um. Após o projeto definido, o próximo passo é fazer um planejamento. Com ele estruturado fica mais simples organizar todas as fases, incluindo prazos, gastos e atividades. Em seguida, deverá ser contratada a mão-de-obra qualificada que executará o projeto.
“Quando a obra é feita apenas com uma pessoa, o processo e o resultado não atingem as expectativas do cliente, o que causa dor de cabeça. Para que isso não aconteça, deve envolver uma equipe de profissionais qualificados”, explica Luana.
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Normalmente, com o projeto arquitetônico em mãos, a obra se inicia com a demolição e adequação das paredes, seguido das instalações de infra, hidráulica, elétrica, automação, ar condicionado (infra seca e acabamento), depois forro e revestimentos. Vale ressaltar ainda que entre todos os estágios é necessário fazer a “limpeza grossa”, para não ter acúmulo de entulho na obra, dificultando a circulação da equipe. A fase final envolve a instalação de luminárias, louças, tomadas, metais e equipamentos, colocação dos móveis, limpeza fina e decoração.
“No projeto arquitetônico consta todos os detalhes para a execução, inclusive a primeira fase é definida pela demolição e limpeza, em seguida vem a parte elétrica, hidráulica, gás e colocação de forro. Adiante, instalação de piso, pintura, colocação de granitos, sanitários, metais, entre outros”, diz ela. Após a faxina pesada, a obra está pronta para receber os elementos que vão decorar e compor os ambientes, como mobiliários, papel de parede e adereços.
O setor de construção prevê uma média de custo do total da obra para cada momento. Por exemplo: projeto 3% a 5%, fundações (preparação do solo) 3% a 7%, estrutura 12% a 20%, instalações elétricas até 8% e hidráulicas de 9% a 12%, cobertura 3% a 5%, acabamentos 20% a 38% e limpeza até 2%.
Já para a reforma, não há porcentagens pré-definidas, uma vez que os ambientes construídos podem sofrer imprevistos em itens que não estão visíveis, como infiltrações, bitolas de cabeamento inadequado, quantidade de tomadas que variam conforme o layout, escolhas de qualidade dos revestimentos que têm grande amplitude de valores, escolhas de lâmpadas e luminárias que visam questões de aproveitamento de energia.
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“Por isso, não só na construção, onde o imóvel começa do zero, mas na reforma também o projeto prevê questões para minimizar os imprevistos, diminuir o retrabalho e evitar insatisfação após estar concluída”, comenta a arquiteta.
Atenção. Não é porque a obra chegou no final que tudo está resolvido. No primeiro momento que o proprietário é notificado sobre a finalização, é necessário fazer um checklist imediato, acompanhado ou não de um profissional responsável.
“Se notar que é preciso, deverá comunicar a empreiteira todas as condições necessárias para melhorar ou reparar. Além disso, o proprietário deverá ter em mãos os manuais de manutenção e conservação de todos os materiais, equipamentos e utensílios que foram instalados”, conclui Luana.
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Muito bom o artigo.