Para atender às demandas dos condomínios durante a quarentena do novo coronavírus, em vigor no Estado desde o dia 24 de março, as administrações têm mantido funcionários em regime normal de trabalho, o que está de acordo com as regras do decreto. “A princípio, a legislação informa que as atividades desenvolvidas nos condomínios como segurança, portaria, vigilância e limpeza são essenciais e não são afetadas pelas novas regras”, explica Roberto Graiche, presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC).
O decreto 64.881, de 22 de março de 2020, assinado pelo governador João Doria e que estabelece período de quarentena até o próximo dia 7 de abril, restringe diversas atividades na cidade, como o atendimento presencial ao público em shoppings e casas noturnas. Entre as atividades ditas “essenciais” no documento e que não devem ser suspensas, está a prestação de serviços de limpeza e segurança privada, ambas desenvolvidas dentro dos condomínios.
Na vida em condomínio em tempos atuais, há que se atentar, porém, a cuidados para manter os trabalhadores seguros. Os condomínios devem oferecer equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras e álcool em gel, bem como recomendar o distanciamento pessoal. “Se os funcionários dos condomínios forem idosos, diabéticos, hipertensos ou doentes crônicos com insuficiência renal ou respiratória, portador de doença cardiovascular ou de imunodeficiência, nesses casos a indicação é o isolamento ou a concessão de férias”, afirma Graiche.
A imobiliária Lello adota a mesma política de manter as atividades em operação nos cerca de 3 mil condomínios que administra no Estado. Ao todo, a empresa tem uma média de 17 mil funcionários próprios e terceirizados nos serviços de limpeza e segurança. De acordo com a gerente de planejamento e marketing da Lello, Angélica Arbex, a administradora definiu algumas normas gerais para orientar as condutas nos condomínios, mas afirma que cabe aos síndicos as seguirem ou não, podendo também adaptá-las à realidade desses espaços.
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“Cada síndico trata com os seus empregados a contingência. Se não quer que eles andem de transporte público, se vai dar um vale-combustível ou se vai pagar transporte por aplicativo, ou ainda se vai flexibilizar e mudar um pouco a escala de horário, para não ter que entrar e sair em horários de pico”, exemplifica. Angélica ainda afirma que a empresa se norteia pelas orientações das autoridades. Para ela, o momento é de “calma” e as decisões precisam ser coletivas para proteger o “ecossistema da cidade”. “Não dá para a gente achar que cada um pode tomar a sua decisão. É um erro. A gente deve investir numa decisão coletiva, olhando para quem está estudando isso.”
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