Com mais tempo dentro de casa e com saidinhas esporádicas e cuidadosas, é necessário pensar em tudo o que chega da rua: o que fazer com os sapatos? E as sacolas? E as chaves? Precisa limpar a maçaneta toda hora? E o chão? As roupas? Os legumes que trouxemos para a cozinha? E os acolchoados, como a cama, sofá, poltronas, almofadas… Calma. Tem jeito pra tudo. Juntamos aqui algumas dicas para você manter o lar saudável para toda a família!
Primeiro de tudo, é importante saber que o COVID-19, assim como outros vírus de gripes diferentes, é altamente transmissível pelo ar ou pelas superfícies. Cientistas dizem que o coronavírus sobrevive até 9 dias em vidro, plástico ou metal, mas o período pode ser estendido para até 28 dias em baixas temperaturas. Então, de saída, o Brasil está na vantagem, já que o hemisfério sul está entrando agora no outono e, na maior parte do País, as temperaturas ficam acima dos 25 graus ao longo do dia.
No ar, as gotículas de um espirro ou uma tosse podem seguir transmitindo o vírus por até 3 horas. Por isso, é importante não usar o ar condicionado de maneira nenhuma e manter os ambientes ventilados. Se o vírus se depositar sobre um papelão, a sobrevida é de até 24 horas. Em tacos de madeira ou piso de cerâmica, até 9 dias.
Sapatos: é importante adotar um pequeno ritual para sair de casa e voltar. O ideal é que os sapatos usados na rua não entrem em casa. Pode-se manter, por exemplo, chinelos para o ambiente doméstico e apenas um par de sapatos em uso externo, que devem ficar na porta. Periodicamente, é aconselhável lavar os sapatos inteiramente, não somente a sola, tanto para os calçados usados dentro como para os que estão em uso fora de casa.
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Superfícies: nosso grande aliado agora é o álcool 70%. Um dado curioso é que o aumento da porcentagem alcoólica na fórmula não aumenta a eficácia do produto. Pelo contrário. As soluções de 90% ou 100% não neutralizam o vírus, pois evaporam rápido demais, causando somente um ressecamento e não eliminando a ameaça. O álcool 70% em gel, que é o mais recomendado, está em falta em muitos locais, mas existe um movimento para o reabastecimento. Aguarde e procure o produto sempre que possível. Utilize para higienizar as mãos, celular, chaves, maçanetas, sacolas e embalagens que chegam da rua. Água sanitária diluída em água comum (na proporção de 24ml por 1L) também é considerada uma fórmula eficaz contra o vírus e pode ser borrifada no piso ou em superfícies suspensas.
Tecidos: água e sabão bastam para limpar roupas de cama, mesa, banho e uso no corpo. A recomendação extra é de que, caso tenha mais de uma pessoa na casa, o ideal é separar tolhas de banho e de rosto para cada um. Ao chegar em casa vindo da rua, também é importante colocar toda a roupa para lavar imediatamente.
Alimentos: além da água e sabão para os alimentos com casca, a imersão em solução com água sanitária ou desinfetantes próprios para legumes e verduras são indispensáveis neste momento. As embalagens também devem ser removidas antes do armazenamento em armários ou geladeira. Depois de manipular e higienizar o que veio da rua, lembrar também de lavar as mãos detalhadamente, esfregando entre os dedos e as unhas.
Acolchoados: poeira e ácaros podem desencadear episódios alérgicos ou agravar problemas respiratórios. Além das estantes, livros e enfeites, é importante observar a higiene dos acolchoados, como a cama, sofá, carpetes, tapetes, cortinas, travesseiros, almofadas e bichinhos de pelúcia. O melhor é bater os objetos em alguma área exterior para expulsar a poeira acumulada e, em seguida, optar por um detergente neutro ou um produto específico para estofado. Por fim, é possível também adotar alguns hábitos para manter a casa limpa por mais tempo, como evitar colocar calçados em cima do sofá, animais de estimação na cama, utilizar capa protetora, não fazer refeições em cima das almofadas e realizar uma impermeabilização, se possível.
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