Mesmo enquanto parecia “flutuar” a 31 metros de altura durante escavações de pavimentos subterrâneos em uma obra de engenharia que chamou atenção pública, a quase centenária Capela Santa Luzia estava em um restauro. Procedimentos variados, como a retirada de camadas de tinta, revelaram as características e os afrescos originais do templo católico, que reabrirá após décadas neste sábado, 13.
O evento contará com uma celebração religiosa para convidados e autoridades, conduzida pelo arcebispo de São Paulo, cardeal D. Odilo Scherer. Fechado, o evento também marcará a inauguração do primeiro espaço do mega complexo bilionário de luxo, moda, gastronomia, hotelaria, negócios e cultura Cidade Matarazzo, implantado no antigo Hospital Umberto I, a uma quadra da Avenida Paulista, no centro expandido.
Esta será a primeira de uma série de inaugurações da primeira fase do complexo. A seguinte ocorrerá em 15 de dezembro, com abertura da antiga maternidade, transformada no Hotel Rosewood, de seis estrelas, e em restaurantes.
O cronograma de aberturas é paulatino até abril. Ele abrange outros espaços gastronômicos (incluindo o novo do chef Felipe Bronze), o restante do hotel (em uma torre assinada pelo premiado arquiteto francês Jean Nouvel), um espaço de eventos e o edifício de escritórios desenhado pelo escritório francobrasileiro Triptyque (em parceria com o arquiteto francês Rudy Ricciotti). O restante das inaugurações, voltadas especialmente à moda (com 70 marcas de luxo exclusivas e 69 artesãos) e cultura (incluindo um teatro multiuso com 22 horas de programação diária), ficará para 2023.
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Em paralelo, após não obter liberação para a criação de um boulevard que ligaria o espaço até a Avenida Paulista, o grupo responsável pela Cidade Matarazzo (Grupo Allard) está adaptando ideias do projeto para os dois parques da via, cuja concessão pública venceu (embora ainda dependa de homologação) em parceria com uma empresa brasileira.
Entre as novidades planejadas, está a transformação do Parque Mário Covas em um espaço agroambiental e a instalação de uma escultura de 185 metros de comprimento no Tenente Siqueira Campos (Trianon), que poderá ser percorrida internamente pelo público para ter acesso a conteúdos sobre florestas. A concessão inclui, ainda, a Praça Alexandre de Gusmão, que terá uma temática voltada ao feminino.
As ideias foram anunciadas em um evento na COP 26, com participação do empresário francês Alexandre Allard, idealizador do projeto, e do governador paulista, João Doria. Ao Estadão, Allard falou em “ambição verde” e no desejo de fazer uma transformação na Avenida Paulista. “(Para) Virar o maior centro cultural aberto e verde do mundo.”
‘Tudo sempre começou em uma capela’
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Como outras tantas cidades brasileiras, a Cidade Matarazzo também cresceu em volta de um templo católico, de acordo com comparação de Allard. “Tudo sempre começou em uma capela. A capela é um símbolo do trabalho que fizemos aqui, de mostrar que o caminho da preservação, do cuidar, é o caminho do futuro”, afirmou.
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