A WTorre está negociando a venda do projeto do prédio empresarial Alto das Nações. Será o maior edifício da cidade de São Paulo, com 39 andares e 216 metros de altura. A entrega da obra está prevista para 2025. Entre as interessadas está a BR Properties. As conversas já duram meses, mas sem uma proposta firme até o momento.
O futuro prédio será um gigante com 86 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) para escritórios. O valor pedido é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Isso representa algo na faixa de R$ 19 mil a R$ 22 mil por metro quadrado mais uma taxa de desconto de 7% para ajuste a valor presente.
As negociações também abrangem a possibilidade de fatiar a torre entre mais de um comprador. A WTorre também tem interesse em ficar com parte do empreendimento. Procuradas, as empresas não fizeram comentários.
A perspectiva é que imóvel seja locado, depois de pronto, por volta de R$ 120/m² enquanto o aluguel pedido hoje na região gira em torno de R$ 80/m² a R$ 90/m². Ou seja, tem aí uma perspectiva de valorização significativa.
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O Edifício Alto das Nações será um imóvel triplo A, ao lado da estação de trem Granja Julieta. Estará dentro de um empreendimento multiuso com prédios residenciais, um novo hipermercado Carrefour, teatro com centro de exposições e parque arborizado.
As obras do complexo já estão em andamento, com previsão de entrega do hipermercado no fim de 2022, e o parque, em 2023. Quando pronto, será uma zona de trabalho, compras e lazer, parecido com o complexo Iguatemi JK, que tem torres, shopping e o Teatro Santander – e que também foi erguido pela WTorre.
No topo do prédio haverá um mirante com vista para a Marginal Pinheiros, aberto a visitantes. Em termos de altura, vai superar outros arranha-céus comerciais como o Mirante do Vale (170 m), o Edifício Itália (165 m) e o Altino Arantes (no qual funciona o Farol Santander, com 161m).
A Chácara Santo Antônio é um dos poucos bairros com muitas opções de terrenos para empreendimentos imobiliários de grande porte na capital paulista. Muitos prédios foram erguidos ali nos últimos anos, e os inquilinos estão chegando aos poucos.
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Consequentemente, o bairro ainda tem quase metade (45%) dos escritórios desocupados, patamar bem acima da média da cidade (20%) e das regiões mais visadas para escritórios, como Faria Lima (3%), Itaim (2%) e Paulista (9%), segundo a consultoria Newmark.
Para os próximos anos, há mais de dez prédios em fase de projeto ou obra. Juntos, adicionarão mais 100 mil m2 de áreas para escritórios, de acordo com cálculo da Newmark, o que pode frear uma elevação nos valores do aluguel. Resta saber se os rumos da economia nacional e os novos hábitos de trabalho nas empresas vão significar inquilinos suficientes para ocupar esses prédios.
Esta nota foi publicada em https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/wtorre-negocia-venda-do-futuro-predio-mais-alto-de-sao-paulo-por-r-15-bilhao/
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