Investir em Imóveis

Terracotta Ventures amplia atuação com fundo para startups do imobiliário

Fundada em 2019 por Marcus Anselmo (esq.) e Bruno Loreto (dir.), Terracotta Ventures quer expandir possibilidades de investimentos para “se posicionar antes da Faria Lima”/ Crédito: Divulgação
Breno Damascena
11-09-2024 - Tempo de leitura: 2 minutos

Em cinco anos, a Terracotta Ventures, Venture Capital focada em investir em startups do mercado imobiliário, participou da fase inicial de projetos que alcançaram mais de R$ 360 milhões de investimento nas fases seguintes. Apostando no modelo de equity, a companhia adquiriu frações de 16 negócios. Este portfólio de empresas investidas, porém, está prestes a aumentar, mas agora a estratégia é outra. 

O investimento via equity consiste em comprar uma participação societária da startup. Neste modelo, caso a empresa decole, os ganhos tendem a ser bem maiores, mas os riscos também são altos. É por isso que a Terracotta Ventures, anunciou esta semana uma possibilidade para investidores interessados em participar desses projetos, porém com menos riscos: o desenvolvimento de fundos de investimento.

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“Grande parte dos negócios que surgem no setor imobiliário são fundamentados na tecnologia, mas são startups que lidam com operações de crédito lastreadas em imóveis, desenvolvimento imobiliário ou inovações que estão ligadas à necessidade de crédito”, observa Bruno Loreto, fundador da Terracotta Ventures. “Para os investidores, é uma oportunidade de investir em ativos”.

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Startups em estágio inicial

Bruno explica que o foco da VC são startups que já têm um produto consolidado, uma receita ativa e estão em processo de validar o crescimento. “Buscamos principalmente em Seed stage e early stage”, consolida. Fundada em 2019, a Terracotta nasceu da tendência dos Venture Capitals que atuam em um setor específico. 

“Nosso objetivo era ser a primeira Venture Capital da América Latina focada no mercado imobiliário”, pontua o executivo. “Queremos estar próximos aos empreendedores, abrindo portas. Antes era apenas via equity, agora vamos buscar investimentos também”. 

O movimento da empresa nessa direção começou ainda no ano passado, quando lançaram o Terracotta Insider, programa criado para auxiliar, desenvolver e conectar executivos, tomadores de decisão e empresários do setor. “A gente aprendeu a se relacionar com os investidores e conhecer a dinâmica a fundo”, justifica. 

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A proposta da companhia agora é não se restringir apenas a investidores que desejam investir em startups, mas a todos os empreendedores dispostos a participar de negócios deste tipo. O primeiro case dessa nova fase da Terracotta é a Solve, uma fintech que oferece crédito para proprietários de imóveis que estão em vias de perder o bem por dívidas. 

Depois de receber um aporte via clubdeal da própria Terracotta, a startup conseguiu levantar R$ 30 milhões em crédito imobiliário. Agora, a possibilidade de investimento via fundo foi oferecida com prioridade para os membros do Terracotta Insider, exclusivo para executivos convidados e assinantes do ecossistema. “É uma rede de investidores que anualmente movimenta mais de R$ 100 bilhões em negócios no setor”, adiciona Loreto. 

Ele explica que esta não é uma operação exatamente nova, pois tem outros gestores que já contam com iniciativas semelhantes. “Mas elas atuam em estágios maiores, quando as startups estão avançadas. Estamos alinhados com as tendências do mercado e tentando nos posicionar antes da Faria Lima”, finaliza.