Investir em Imóveis

Mais rentabilidade: fundos imobiliários de papel podem ser a opção

Os fundos imobiliários de papel foram os únicos do segmento que tiveram desempenho positivo no acumulado do ano/Crédito: Getty Images
DANIEL ROCHA, O Estado de S.Paulo
26-11-2021 - Tempo de leitura: 2 minutos

Os fundos imobiliários de papel foram os únicos do segmento que tiveram desempenho positivo no acumulado do ano, segundo levantamento da Teva Indices. De janeiro até o dia 15 de novembro, essa classe apresentou um desempenho de 4,5%, enquanto os outros fundos de tijolos fecharam com queda superior a 8% durante o mesmo período.

Segundo analistas, esse tipo de FII que investe em títulos de crédito consegue repassar o valor da inflação mais fácil do que os outros da mesma classe, o que os tornam mais atrativos neste momento de alta inflacionária.

“A maior parte dos contratos é indexado a uma taxa de juros e a um índice de correção monetária. E essa correção acontece de um a dois meses” explica Gabriel Teixeira, analista de fundos imobiliários da Ativa Investimentos. A correção monetária, citada por Teixeira, pode acontecer tanto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) quanto pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Os dois indicadores seguem altos no acumulado dos últimos 12 meses.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA correspondeu a 10,67%. Já o IGP-M chegou a 27,7% durante o mesmo período, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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Por esse motivo, muitos investidores decidiram migrar seus recursos para os fundos de papel, visando maior rentabilidade. E como esse repasse, segundo Teixeira, ocorre em um período de um a dois meses, o investidor consegue ter uma previsão do seu retorno. “Tem essa defasagem de dois meses mais ou menos. Como a gente está tendo ainda meses de inflação alta, no curto prazo essa distribuição ainda vai ser bastante atrativa”, ressalta.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA correspondeu a 10,67%. Já o IGP-M chegou a 27,7% durante o mesmo período, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Por esse motivo, muitos investidores decidiram migrar seus recursos para os fundos de papel, visando maior rentabilidade. E como esse repasse, segundo Teixeira, ocorre em um período de um a dois meses, o investidor consegue ter uma previsão do seu retorno. “Tem essa defasagem de dois meses mais ou menos. Como a gente está tendo ainda meses de inflação alta, no curto prazo essa distribuição ainda vai ser bastante atrativa”, ressalta.

No caso dos fundos de tijolos que investe em aluguéis de edifícios, esse processo é mais lento porque os contratos de aluguéis não podem ser reajustados em um intervalo similar ou menor.”Você tem outras questões imobiliárias. Às vezes, você não consegue repassar toda a inflação para o inquilino e os inquilinos têm mais margem de negociação”, acrescenta Teixeira.

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Lucas Reis, sócio da Portofino Multi Family Office Real Estate, explica que os fundos imobiliários de papéis apresentaram baixa inadimplência ao longo dos últimos meses, o que reforçou ainda mais a atratividade do setor. “Nesse período não aconteceu nenhum tipo de default (inadimplência) ou ainda não refletiram. Por isso, continuaram a pagar os dividendos no mesmo patamar anterior”, ressalta.

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