Crédito: Erich Sacco/AdobeStock
Enquanto canteiros de obras se espalham pelo Brasil, o mercado imobiliário ainda se mostra como um terreno fértil para investimentos. No primeiro trimestre de 2025, Curitiba, Goiânia e São Paulo se apresentam como os locais mais promissores do País, de acordo com a demanda imobiliária, dinâmica econômica e nível de saturação do mercado.
É isto que aponta o Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), desenvolvido pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O estudo analisou, entre outras informações, os dados de potenciais compradores, tamanho do mercado, potencial de consumo, concorrência de incorporadoras e desempenho de lançamentos de 77 cidades. O objetivo era indicar quais são as regiões mais promissoras do País para investimentos imobiliários.
“O IDI mede a demanda real do mercado. Ou seja, o que as pessoas estão, de fato, buscando. O levantamento amplia a visão sobre possibilidades de investimento e contribui para decisões baseadas em dados, reduzindo riscos como o distrato”, afirma Gabriela Torres, Gerente de Inteligência Estratégica no Sienge.
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No topo do ranking de potencial para o padrão econômico, aparecem Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). A capital paranaense se destacou pela sua consolidação econômica, mas não só isso. A cidade aparece com bons indicadores em todos os segmentos, o que indica um maior potencial de absorção dos imóveis lançados.
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“As restrições urbanísticas da região, como a exigência de vaga de garagem e o baixo potencial construtivo impactam a demanda pelo segmento econômico”, analisa Josue Pedro de Souza, Vice-presidente de lançamentos e comercialização imobiliária do Secovi-PR. “Mudanças no plano diretor e o aumento do teto do MCMV começam a viabilizar novos empreendimentos”, acrescenta.
10 primeiras colocadas do ranking econômico:
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No médio padrão, Goiânia (GO) aparece na liderança, destacando-se pela sua estabilidade e força no mercado. “A forte aceitação dos empreendimentos indica um mercado aquecido e receptivo a novos projetos. Além disso, a demanda das famílias segue elevada e a cidade apresenta um número relevante de pessoas buscando ativamente imóveis e visitando estandes de venda”, ilustra Torres.
Para Renato Correia, Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Goiânia colhe os frutos da revisão do plano diretor, realizada em 2027, incentivando a verticalização. “A estruturação da legislação urbana é essencial para aproveitar o potencial de demanda de cada região”, afirma. “Somado a isso, o agronegócio e a economia local impulsionam o setor”.
São Paulo (SP) aparece na segunda posição, sem oscilações. Florianópolis (SC), por outro lado, caiu do terceiro lugar no final de 2024 para a 8ª posição agora, devido à redução na dinâmica econômica e na demanda direta.
Por outro lado, Rio de Janeiro (RJ) surpreende ao avançar para a terceira posição no ranking de potencial para lançamentos voltados à classe média. A posição é impulsionada por indicadores de demanda, dinâmica econômica e atratividade de lançamentos.
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“Os empreendimentos lançados nos últimos 12 meses tiveram ótima performance de vendas. Isso mostra que a capital possui um mercado promissor para novos projetos, especialmente no segmento de classe média”, observa Torres.
10 primeiras colocadas no ranking médio padrão:
Já no mercado de alto padrão, nada de muito novo. São Paulo (SP) continua a liderar, mantendo sua posição sem oscilações. Goiânia (GO) segue forte, garantindo estabilidade na 2ª colocação.
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Enquanto isso, Fortaleza (CE) se valorizou consideravelmente, subindo do 7º lugar no terceiro trimestre de 2024 para a 3ª posição no início de 2025, impulsionada pelo aumento nos indicadores de oferta de terceiros e pela atratividade de novos lançamentos.
Por outro lado, Florianópolis (SC) sofreu uma queda, caindo da 4ª para a 6ª posição no primeiro trimestre deste ano, devido à redução na demanda econômica.
10 primeiras colocadas do ranking alto padrão: