Crédito: Breno Damascena
Um dos desafios modernos de São Paulo é olhar para o horizonte e não se impressionar com a profusão de edifícios. Este cenário deve se tornar ainda mais marcante com a imensidão de canteiros de obras que se espalham pela cidade, impulsionados por incentivos do Plano Diretor e programas habitacionais. Na esteira deste movimento, bairros nobres se destacam com muitas vendas, mas imóveis estão cada vez menores.
De acordo com o Senior Index, estudo desenvolvido pelo Senior Sistemas e divulgado com exclusividade pelo Estadão Imóveis, Pinheiros é o bairro que mais vendeu imóveis novos em São Paulo nos últimos 12 meses. Ao todo foram 707 vendas de unidades e um Valor Geral de Vendas (VGV) total de 487 milhões.
No entanto, o tamanho médio dos imóveis foi de 43,98 m², o que simboliza o cenário de microapartamentos e estúdios na cidade.
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Dos 10 bairros com mais vendas de imóveis novos em São Paulo, apenas dois tiveram metragem média acima dos 60 m². Na Vila Independência, por exemplo, onde o estudo identificou a venda de 224 apartamentos novos, o tamanho médio destes imóveis é de 37,35 m².
O preço do metro quadrado no bairro da zona Sul, avaliado em cerca de R$ 8 mil, também é um dos mais baratos entre os 10 bairros mais populares da capital.
Em contrapartida, destaca-se o tamanho dos apartamentos negociados em Indianópolis e Vila Mariana. Os dois bairros são os únicos na lista que possuem metragem média acima dos 70 m². O custo do metro quadrado nos distritos, ambos acima dos R$ 13 mil, indicam uma outra tendência em São Paulo: as unidades de altíssimo padrão.
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“Observamos que as vendas de imóveis estão sendo impulsionadas especialmente pelo segmento Minha Casa, Minha Vida e pelas unidades de altíssimo padrão. É possível fazer uma relação com indicadores de queda de desemprego e de crescimento da atividade econômica, o que reflete diretamente no segmento imobiliário”, analisa Rafael Bahr, head de produto na Senior, empresa responsável pelo levantamento.
O estudo analisou 187 bairros de São Paulo entre o primeiro semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2024. Ao todo, registrou-se 14.130 vendas a partir dos dados de 45 construtoras que atuam na cidade. O VGV somado delas na cidade ultrapassou os R$ 7,4 bilhões e chegou a quase 10 mil m² negociados.