A Apê11, imobiliária digital do Santander, está com a rota traçada para ampliar os seus negócios neste ano, apesar dos juros altos tornarem a comercialização de imóveis mais difícil. Os motores da estratégia para deslanchar nessa maré turbulenta serão baseados na ampliação do número de casas e apartamentos oferecidos no site, bem como a diversificação dos serviços para os compradores de imóveis.
Para 2023, o portfólio contará com uma diversificação geográfica. Até aqui, a maioria das moradias ofertadas no site estava concentrada nas zonas oeste e sul da cidade de São Paulo. Daqui para frente vão ingressar mais unidades das regiões norte e leste da capital paulista, além do ABC, de Campinas e do litoral sul. O avanço será feito via parcerias com imobiliárias e incorporadoras. Com isso, a Apê11 dará sequência ao crescimento do seu portfólio, que já passou de 3,5 mil unidades em 2021 para 21 mil em 2022.
Outra novidade será a opção de o comprador usar o seu carro usado como meio de pagamento. Essa facilidade será lançada em março e contará com parceria da Loop, uma das maiores vendedoras de veículos do Brasil.
Ainda na área de serviços, a plataforma terá um marketplace no ramo de decoração, com produtos, serviços e linha de financiamento para quem quiser mobiliar suas residências.
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A Apê11 foi fundada em 2018 buscando ocupar um lugar ao sol no crescente mercado de classificados de imóveis agregados a serviços de crédito, seguros, fiança, decoração etc – onde estão peso-pesados como QuintoAndar, Loft, OLX Brasil (dona dos portais OLX, Zap e Viva Real), entre outros. Em 2021, veio o Santander e adquiriu uma fatia de 90% da startup, pensando em utilizá-la como isca para sua carteira de financiamentos imobiliários.
A expectativa é que as vendas superem as 2 mil unidades em 2023. Em janeiro foram 62 unidades já comercializadas, enquanto em 2022 esse montante ficou na ordem de “centenas” (o grupo não abriu os números detalhados).
Questionado sobre o efeito da taxa de juros mais alta da economia brasileira, o grupo admitiu que isso tem um efeito negativo sobre as vendas, mas não são uma barreira. A companhia diz que há recursos para financiamentos e que as taxas praticadas estão cerca de 3 pontos porcentuais abaixo da Selic, isto é, na casa dos 10,5% ao ano. O valor não é baixo, mas não é muito diferente do custo histórico do crédito imobiliário no País.
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https://www.estadao.com.br/economia/coluna-do-broad/imobiliaria-digital-do-santander-busca-driblar-juros-altos-e-crescer/
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