Decoração, reforma e construção

Artigos de casa e decoração movimentaram quase R$ 5 bilhões em fevereiro

Produção interna totalizou R$ 4,35 bilhões, apresentando estabilidade no setor/ Crédito: Paulo/AdobeStock
Redação, Estadão Imóveis
15-04-2024 - Tempo de leitura: 2 minutos

O mercado de artigos para casa e decoração movimentou cerca de R$ 4,78 bilhões em fevereiro no Brasil. O número representa uma queda de 2,4% em relação ao mês anterior, mas uma alta de 10,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil (ABCasa), em parceria com o IEMI (Inteligência de Mercado).

No acumulado de 2024, o segmento apresenta alta de 5,7%, que pode ser justificada pelo aumento nos preços destes produtos, que registraram uma variação de 0,85%. “O aumento de preços reflete um movimento de repasse dos custos de produção, alinhado aos índices de preços da produção e ao IPCA”, explica Marcelo Prado, diretor do IEMI. Ele argumenta, no entanto, que essa tendência não foi inesperada. 

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“A inflação do segmento se estabilizou após os impactos da pandemia, e atualmente está dentro dos níveis esperados para o País, sem expectativas de uma aceleração significativa a curto prazo”.

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Enquanto isso, a participação das exportações de artigos para casa no mês é de 6,9%, dentro do nível de estabilidade de 6,4% no ano e um pouco abaixo dos 7,8% apurados de participação no acumulado dos últimos 12 meses. 

No Brasil, a produção de artigos para casa totalizou R$ 4,35 bilhões, mantendo a tendência de estabilidade do consumo interno. De acordo com o Termômetro ABCasa, a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 0,5%. O número não apresenta evolução em relação a janeiro, mas representa uma alta de 9.78% em comparação a dezembro de 2023. 

Anderson Passos, diretor executivo da ABCasa, entende que este é um movimento esperado. “O crescimento observado em janeiro é uma resposta a um padrão sazonal no mercado de casa e decoração. Em geral, no final de dezembro, há uma diminuição na produção devido aos feriados e férias coletivas. Com isso, os estoques do varejo tendem a ficar baixos devido às vendas elevadas durante o período de fim de ano”, pontua. 

“Portanto, em janeiro, há uma retomada na produção para recompor esses estoques e atender à demanda do mercado”, entende. 

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+ Endividamento aumenta entre as famílias em março

A expectativa dele é que 2024 seja um ano marcante para o setor. “Vários fatores estão mais favoráveis este ano. Além da normalização dos índices de preços na produção e no consumo, há a redução das taxas de juros e do endividamento das famílias, especialmente no uso do Cartão de Crédito para financiamento de compras a prazo. Também observa-se uma melhoria na disponibilidade de crédito para grandes varejistas”.