Imagine uma sociedade onde todos tenham acesso a uma moradia digna, onde as famílias não apenas sonhem com um lar, mas de fato vivam esse sonho. Parece idealista, mas é a visão que perseguimos diariamente. No Brasil, o desafio é grande. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), para eliminar o déficit habitacional no País até 2033, é necessário um investimento de R$ 1,97 trilhão, equivalente a um aporte anual de R$ 197,5 bilhões.
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Morar bem vai além de ter um teto. É a combinação de uma localização conveniente, acesso a serviços essenciais e, fundamentalmente, qualidade de vida. Como incorporadores, assumimos a responsabilidade de construir não apenas residências, mas comunidades completas que promovam uma vida digna para todos os seus habitantes. Uma estratégia crucial para atenuar essa carência é desenvolver empreendimentos que ofereçam unidades acessíveis a diversas faixas de renda.
Acredito que o diferencial dos empreendimentos deve ser a combinação de acessibilidade financeira com a qualidade de vida. Esta abordagem não apenas beneficia diretamente os compradores, mas também promove uma cidade mais inclusiva e equilibrada. Com essas iniciativas, não só contribuem para a transformação do panorama imobiliário de São Paulo, mas também reafirmam o compromisso com o desenvolvimento social e a valorização de todas as regiões da cidade.
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Na Agenda Urbana do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), publicada em 2022, destaca que a urbanização é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento sustentável. Recomenda-se que as cidades sejam inclusivas e atendam às necessidades de todos os cidadãos, promovam emprego decente, oportunidades de progresso e posse segura da terra, além de fomentar o uso sustentável dos recursos e proteger os ecossistemas.
E cada vez mais vemos que o déficit habitacional tem um impacto profundo no desenvolvimento urbano. Cidades com falta significativa de moradia acessível tendem a enfrentar expansão desordenada.
Áreas urbanas com escassez de espaços adequados, frequentemente veem surgir assentamentos informais e favelas, onde a infraestrutura é inadequada e as condições de vida são precárias. Essa urbanização descontrolada pode levar a problemas ambientais, como poluição e degradação de ecossistemas, bem como dificuldades em prover serviços públicos eficientes, como saúde, educação e transporte.
Investir em habitação não só ajuda a mitigar esses problemas, mas também promove o desenvolvimento urbano sustentável. Projetos planejados e integrados à infraestrutura urbana podem melhorar a qualidade de vida, reduzir desigualdades e fomentar comunidades mais resilientes. Além disso, esses investimentos podem incentivar a renovação urbana, revitalizando áreas degradadas e transformando-as em centros de atividade econômica.
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Diante disso, é vital que o poder público reconheça e valorize o setor da construção civil como um instrumento estratégico para enfrentar e resolver os desafios sociais do país. Investir em moradia e infraestrutura é investir no futuro, na estabilidade e no desenvolvimento do Brasil.
Os incorporadores devem buscar soluções inovadoras e colaborativas, trabalhando em conjunto com o governo, a sociedade civil e outras partes interessadas, que requerem uma mistura de visão estratégica, compromisso social e colaboração intersetorial, garantindo que cada brasileiro tenha a oportunidade de chamar algum lugar de lar.