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Nos últimos anos, o mercado de escritórios em São Paulo viveu um dos seus períodos mais desafiadores. A pandemia deixou marcas visíveis: prédios parcialmente vazios, corredores silenciosos e uma forte retração na demanda. No entanto, quem acompanha de perto esse segmento já percebe que esse cenário mudou. Estamos diante de uma recuperação consistente, marcada por uma queda expressiva na vacância e por uma demanda renovada por espaços corporativos de qualidade.
De acordo com o relatório São Paulo Office Overview – 2º trimestre de 2025, da Cushman & Wakefield, a taxa de vacância dos escritórios de alto padrão caiu para 17,3%, o menor nível dos últimos cinco anos. Além disso, o levantamento mostra uma absorção líquida positiva de 91 mil m² no período, evidenciando a retomada da procura. Outro dado relevante é a valorização dos aluguéis: o preço médio pedido de locação atingiu R$ 110/m², reforçando que o mercado está mais aquecido do que muitos imaginam.
Esse movimento não acontece por acaso. A recuperação tem sido impulsionada pela adaptação dos imóveis às novas demandas das empresas, que priorizam espaços sustentáveis, tecnologicamente avançados e voltados para o bem-estar e a colaboração. Em outras palavras, escritórios que oferecem mais do que apenas metros quadrados: oferecem experiências capazes de atrair e reter talentos.
No universo dos investimentos, esse cenário já se reflete no desempenho dos fundos imobiliários. Em 2024, os Fundos Imobiliários de lajes corporativas registraram um dividend yield médio de 14,21%, segundo dados da Economatica, o maior entre os segmentos analisados. Esse resultado mostra não apenas a resiliência do setor, mas também o interesse crescente dos investidores por ativos que unem solidez e potencial de valorização.
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Diante desse contexto, estamos entrando em um novo ciclo para o mercado de escritórios e, consequentemente, para os fundos imobiliários ligados a esse segmento. A combinação de menor vacância, preços em alta e imóveis mais modernos cria um ambiente favorável para quem tem visão de longo prazo.
Mais do que números, essa recuperação nos ensina algo importante: os mercados se reinventam. É justamente nesse movimento de transformação que surgem as melhores oportunidades para quem sabe observá-las.