Crédito: Vatcharachai/AdobeStock
A busca por funding é um desafio constante para pequenas e médias incorporadoras que precisam de capital para viabilizar projetos e crescer de maneira sustentável. Antes de partir para a captação de recursos, é fundamental que essas empresas implementem boas práticas de governança, garantindo transparência, credibilidade e eficiência na comunicação com investidores e credores.
Muitas incorporadoras podem pensar que governança é um tema complexo, restrito a grandes companhias. No entanto, a governança corporativa é um pilar essencial para empresas de qualquer porte, pois envolve transparência, responsabilidade corporativa e conformidade com regras e boas práticas de mercado.
O primeiro passo para uma governança eficaz é o registro correto das informações financeiras e contábeis. Esse processo deve ser contínuo e abranger todas as áreas da incorporadora. A confiabilidade dessas informações é necessária para transmitir ao mercado um retrato real da companhia.
Também é fundamental ter um planejamento claro para a utilização do capital captado. Isso demonstra maturidade na gestão financeira e torna a incorporadora mais atraente para investidores e financiadores.
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O setor imobiliário tem um ciclo longo e demanda capital intensivo, o que torna a credibilidade financeira um diferencial competitivo. Mais do que números grandes, o mercado valoriza números confiáveis. As demonstrações financeiras e contábeis devem refletir fielmente a operação da incorporadora e, para isso, contar com uma contabilidade especializada no setor pode ser visto como um diferencial.
A evolução tecnológica tem transformado a forma como o mercado de crédito avalia as incorporadoras. A inteligência artificial e a digitalização democratizaram o acesso às informações, colocando empresas de diferentes portes em um mesmo patamar de conhecimento.
Hoje, escritórios de crédito e analistas podem acessar dados financeiros e de pagamento de forma instantânea, tornando a pontualidade nos compromissos financeiros um fator determinante para a obtenção de crédito qualificado.
Olhando brevemente para os números, vemos que o mercado imobiliário brasileiro registrou um volume total de funding de R$ 2,4 trilhões em 2024, representando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.
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Com a redução na participação da poupança e as limitações dos recursos do FGTS, o mercado de capitais tem se destacado como uma alternativa viável para o financiamento imobiliário.
Instrumentos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Fundos de Investimento Imobiliário (FII) têm se tornado cada vez mais relevantes como soluções complementares para a captação de recursos pelas incorporadoras.
Diante da diversidade de opções, como bancos, fintechs, crowdfundings e fundos de investimento, é fundamental encontrar a solução mais adequada à realidade da incorporadora. Nem todo dinheiro é igual e a escolha do produto certo deve considerar fatores como taxa de juros, prazo, garantias exigidas e disponibilidade do capital.
Para pequenas e médias incorporadoras, a captação de funding não se resume apenas a buscar recursos no mercado. O sucesso desse processo passa, necessariamente, por uma governança bem estruturada, comunicação transparente e escolha estratégica do crédito ideal.
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Quanto mais organizada e transparente for a incorporadora, maiores serão suas chances de acessar o funding necessário para impulsionar seus projetos e fortalecer sua posição no mercado.