Durante uma recente viagem pela Europa, tive a oportunidade de explorar de perto a requalificação de espaços urbanos em países como a Holanda e a Áustria. Fiquei impressionado com a maneira como esses países transformam áreas degradadas e subaproveitadas em espaços vibrantes e sustentáveis.
O que realmente me chamou a atenção foi a forma como esses projetos revitalizam a cidade, criam novos endereços e melhoram a qualidade de vida da população de forma sustentável. Cidades como Amsterdam, Rotterdam, Utretch e Viena são exemplos de intervenções urbanas inovadoras que transformaram paisagens e influenciaram na dinâmica social e econômica.
Podemos, a partir desses exemplos, repensar nossas relações com as cidades e incorporar novos conceitos no urbanismo brasileiro. Começando pelo projeto de Smart City mais avançado na Europa, Viena foi recentemente eleita a cidade mais agradável para se viver pelo terceiro ano consecutivo pelo The Economist.
Trago o projeto de Seestadt, uma área urbana localizada a 16km do centro de Viena. Por meio de uma parceria público-privada, está sendo desenvolvida uma ‘nova cidade’ planejada para abrigar 25 mil pessoas, que poderão morar, trabalhar e viver ali. O projeto enfatiza a sustentabilidade, com edifícios energeticamente eficientes com espaços públicos de extrema qualidade e vibrantes.
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Outro excelente exemplo de requalificação urbana é o Markthal, em Rotterdam. Este mercado público coberto, localizado no centro da cidade, combina residências, comércio e lazer em um único espaço, revitalizando uma área anteriormente pouco atrativa.
Atualmente, o Markthal vai além da atração turística, mas também serve como um ponto central para a comunidade local, promovendo interação social e fomentando a economia local. O edifício incorpora ainda elementos de forma ecológica e sustentável em sua construção, com painéis solares e sistemas de coleta de água da chuva.
Em Amsterdam, a revitalização da orla resultou na transformação de áreas industriais e portuárias em um novo centro de negócios. A região de Oosterdok, hoje em dia, desempenha um papel importante na vida da cidade.
Com uma orgulhosa arquitetura contemporânea, o museu de ciências NEMO — construído sobre a entrada de um viaduto —, o Muziekgebouw e a biblioteca OBA, levaram grandes empresas a instalar suas sedes no local. Um bom exemplo é o novíssimo HQ da Booking.com.
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Estes edifícios marcam um crescimento relativamente recente da área, que dinamiza a cidade, tanto econômica como socialmente. Outro exemplo de revitalização é o bairro Zuidas. Em uma zona obsoleta, iniciou-se um projeto para criar um novo centro financeiro de Amsterdam.
A vinda da sede do Banco ABN Amro deu início ao desenvolvimento desse novo bairro. Com planejamento urbano sustentável, transporte público de qualidade e uma arquitetura moderna, a capital holandesa ganhou uma nova opção de local de moradia de qualidade.
Utrecht usou o planejamento urbano com para melhorar a longevidade de sua população. Todas as iniciativas para os espaços públicos são pensadas em como melhorar a saúde das pessoas.
A mobilidade é facilitada por excelentes ciclovias e a facilidade de caminhar a pé, juntamente com a integração de espaços verdes e moradias acessíveis, fazendo a sustentabilidade virar realidade. A cidade é composta por comunidades coesas com fácil acesso a serviços essenciais e áreas de recreação, o que fortalece a cidade e sua população.
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A requalificação urbana, quando bem planejada e executada, pode transformar cidades e melhorar significativamente a vida de seus habitantes. Esses exemplos mostram que é possível criar espaços urbanos mais sustentáveis e inclusivos, promovendo o bem-estar da população.