Pela primeira vez desde o começo da pandemia, o mercado de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo teve mais áreas alugadas do que devolvidas. Levantamento da consultoria imobiliária Colliers mostra que, em 2022, o saldo entre locações e devoluções (chamado pelo jargão de absorção líquida) ficou positivo em 67 mil metros quadrados. Já em 2021, o saldo ficou negativo em 40 mil metros quadrados.
As regiões com menos espaços vagos são: Itaim Bibi (6%), JK (7%), Faria Lima (7%) e Pinheiros (7%). É nessas regiões que se concentra, historicamente, a procura de empresas por sedes para seus escritórios. Na outra ponta, Santo Amaro (53%), Marginal Pinheiros (41%) e Chucri Zaidan (34%) apresentam as maiores taxas de espaços vagos, com muitos edifícios com andares inteiros desocupados.
Na média, a vacância da cidade ficou em 23% em 2022, um nível ainda considerado alto. Quando essa taxa fica acima de 15%, os consultores costumam dizer que os inquilinos têm mais vantagem na negociação das condições de pagamento do aluguel.
A pesquisa da Collier mostrou também que o aluguel médio por mês no segmento de escritórios de alto padrão ficou em R$ 95 por metro quadrado, valor praticamente inalterado nos últimos dois anos.
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