De janeiro a setembro deste ano, o segmento de imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um crescimento de 13%.
O setor se tornou responsável pela movimentação de mais de R$ 14,4 bilhões, de acordo com o indicador ABRAINC-FIPE.
A expectativa do mercado imobiliário de luxo é que 2024 seja um ano de readequação de preços e estabilização do setor.
“Durante a pandemia, em 2020 e 2021, o mercado de alto padrão subiu de maneira significativa”, relata Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s, imobiliária especializada em imóveis de luxo.
Ele explica que muitas famílias, ao se verem presas em casa, passaram a buscar imóveis maiores e, por consequência, mais caros.
Para Romero, a perspectiva é que o mercado não observe uma diminuição em 2024. “Ainda que 2022 e 2023 tenham sido anos de consolidação, o custo da construção e dos terrenos subiram muito”, observa.
Recentemente, a Selic, taxa básica de juros, chegou a 11,75% ao ano, o que tende a baratear o crédito. Na visão de Romero, esse fator, porém, não influencia a compra do imóvel próprio dos mais endinheirados.
“O público de alto padrão não depende de crédito imobiliário Eles observam os imóveis como um mercado de oportunidade, de rentabilização de capital”, aponta.
Leia a visão de especialistas sobre o comportamento do mercado imobiliário de luxo em 2024.