Um estudo da UFF mostra que mesmo dentro das favelas, as discrepâncias sociais e a desigualdade geográfica se mantêm vivas.
O estudo analisou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 42 favelas e notou que existem marcadores de segregação nestas áreas.
Na prática, existem agrupamentos de pessoas com mais ou menos recursos financeiros dentro das favelas e essas diferenças se traduzem em aspectos objetivos.
A renda mensal per capita nas favelas analisadas é, em média, 110 dólares (cerca de R$ 539) maior nos aglomerados de alta renda.
Nestes grupos de rendimentos elevados, 36% dos moradores são pessoas brancas. O número cai para 27% nos grupos de baixo rendimento mensal.
Além disso, as áreas de alta renda das favelas têm uma proporção maior de pessoas brancas.
O estudo também mostra que a valorização dos imóveis nas favelas também é produto deste ambiente com contrastes espaciais.
As diferenças de moradia entre os mais pobres e mais ricos se relacionam com as condições de acessibilidade, tanto as áreas internas da comunidade quanto com o restante da cidade.
Leia o texto completo que escrevemos sobre este estudo.