Em 2016, a idade média dos trabalhadores da construção civil era 38 anos. Em 2024, o número saltou para 41 anos, de acordo com um estudo realizado pelo SindusCon-SP.
Quase 30% das empresas mencionam a falta de mão de obra como um dos principais desafios enfrentados no setor, segundo a FGV Ibre.
Fato é que construção civil não é um mercado atraente para os jovens. E a mão de obra está cada vez mais velha.
A alta carga de trabalho, a falta de conexão com o empregador, os baixos salários, processos ultrapassados e o preconceito são apontados como justificativas para a evasão.
E a falta de profissionais contrasta com o boom do mercado imobiliário, impulsionado por iniciativas como a queda de juros, mudanças no Plano Diretor e o Minha Casa, Minha Vida.
O setor assiste, agora, a uma disputa por profissionais, o que provoca um aumento de custos que pode chegar aos compradores de imóveis.
Para lidar com a falta de pedreiros, eletricistas, mestres de obra e até engenheiros, as empresas e sindicatos estão desenvolvendo diversas ações.
Automatização dos canteiros, industrialização de processos e qualificação de profissionais são algumas das estratégias utilizadas, mas a jornada é complexa.