Teatro Oficina se posiciona como símbolo contra gentrificação do Bixiga

Com arquitetura revolucionária e sem Zé Celso, espaço motiva debates sobre especulação imobiliária

No mobiliário, na arquitetura e nas performances, o Teatro Oficina se propõe a desafiar diversas conjunturas urbanas e a gentrificação da cidade de São Paulo.

A própria existência do Teatro Oficina tem sido responsável por potencializar debates sobre a especulação imobiliária, a transformação da cidade e o papel da cultura nesse contexto.

“O teatro é um agente que pensa a cidade e a urbanidade, além de encabeçar um pensamento sobre o mercado”, afirma a arquiteta cênica do Teatro Oficina, Marília Piraju.

Entre as características arquitetônicas do Teatro, estão a disposição dos bancos, o formato do palco e uma fonte que só pode ser vista de alguns pontos da plateia.

“A proposta era radicalizar o teatro tradicional clássico italiano, em que o público está separado do palco”, contextualiza Guilherme Wisnik, professor da FAU-USP.

O projeto, idealizado pela arquiteta Lina Bo Bardi e pelo arquiteto Edson Elito, é inspirado no sambódromo e tem influência do Living Theatre.

Ainda que a estrutura metálica que sustenta os assentos esteja ali, o palco, a plateia e a estrutura se confundem.

A conexão com a cidade já foi transformada até em título. O Teatro Oficina é tombado como patrimônio da cidade e do estado de São Paulo.

Quer entender como o Teatro Oficina se posiciona como símbolo contra a gentrificação do Bixiga? Confira o texto que escrevemos no site.