Selic alta impulsiona mercado de consórcios imobiliários

A Selic fechou o mês de março em 14,25% ao ano. De olho neste cenário de choro para o financiamento imobiliário, as empresas de consórcios aprenderam a vender lenços.

Com marketing direcionado e sem cobrar taxas de juros, o setor observa um crescimento no número de contemplações, cotas e crédito comercializados.

Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) indicam que, comparando os dois primeiros meses do ano, o total de cotas comercializadas para imóveis saltou 47,3% de 2024 para 2025.

O número de participantes ativos também saltou 23,2%. Atualmente, cerca de 2,2 milhões das mais de 11,4 milhões de participantes ativos são do segmento imobiliário.

“O mercado imobiliário sofre com os juros elevados. Os financiamentos convencionais já estão cobrando taxas superiores a 14% ao ano, dificultando o acesso ao crédito”, argumenta o advogado Amadeu Mendonça.

A escolha pelos consórcios, neste ambiente, se justifica pela ausência da incorporação de juros nas parcelas.

Ao invés disso, os consórcios exigem uma taxa de administração que pode variar de 15% e 23% do valor total do crédito, diluída ao longo de todos os anos de pagamento.

Na esteira dessa tendência, a Ademicon vem batendo recordes seguidos em 2025. Em março deste ano, a administradora de consórcios registrou um crescimento de 74%, alcançando R$ 3,6 bilhões em créditos comercializados.

Entenda como o consórcio vem se beneficiando da Selic em alta. E entenda se modalidade vale a pena:

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