Prédios luxuosos, casas humildes e puxadinhos em periferias estampam o desenvolvimento urbano promovido pela construção civil. No rastro deste progresso, muito lixo.
Os resíduos gerados pelas construções, reformas, reparos e demolições que acontecessem incessantemente no Estado de São Paulo, são, em sua maioria, despejados incorretamente, o que gera poluição em áreas públicas e beiras de rios.
De acordo com um estudo realizado pela EnvEx Engenharia e Consultoria, o cenário é marcado por desconhecimento e informalidade.
“A população em geral não sabe o que fazer com estes resíduos”, comenta Helder Nocko, diretor da EnvEx Engenharia e coordenador geral do levantamento.
“Grande parte joga seus resíduos no terreno baldio mais próximo. Quando não encontram, buscam um lugar público para fazer o descarte. Por isso, muitas vezes, o lixo acaba na beira do mato ou de um rio”, indica Nocko.
O estudo aponta que a maioria dos municípios de São Paulo não possui legislação específica para regulamentação da gestão de resíduos da construção civil.
Das 42 cidades avaliadas, 74% não exigem documentos comprobatórios de gerenciamento e destinação destes resíduos para emissão de alvará e habite-se.
Já 62% deles não possuem definição regulamentada de pequeno e grande gerador de resíduos da construção civil.