À medida que as temperaturas sobem, a crise climática se consolida como uma preocupação nos canteiros de obras.
O calor extremo, chuvas incessantes e desastres naturais obrigam as construtoras a repensarem suas estratégias para não colocar seus empreendimentos e trabalhadores em risco.
“Os trabalhadores braçais realizam muito esforço físico, estão submetidos ao calor e tem um processo de desidratação mais intenso”, ilustra Francisco de Assis Mendonça, professor da UFPR e coordenador de pesquisas em emergência climática.
Pensar em espaços de sombreamentos, oferecer mais momentos de repouso e disponibilizar água refrigerada são outras orientações de Mendonça para melhorar as condições de trabalho.
Há cerca de três anos, a Vectra Construtora adotou medidas para melhorar as condições de vida dos seus trabalhadores diante dos efeitos da crise climática.
Entre as práticas estão a obrigatoriedade de equipamentos de proteção, a oferta de água gelada, protetor solar, uniformes com camiseta de manga longa, óculos de proteção com lentes escuras e palestras sobre o risco do câncer de pele.
Esta prevenção se estende para além do perigo dos raios solares e passam pela utilização de materiais mais resistentes no fechamento dos canteiros. Ao invés da tradicional madeirite, agora os tapumes são construídos com eucalipto tratado.
Outra preocupação é com as descargas elétricas oriundas de tempestades, que fizeram a empresa adicionar bota de borracha entre os instrumentos que ficam à disposição dos trabalhadores.