Como será o escritório do futuro?
Arquitetos e executivos destacam importância da sustentabilidade, adaptações tecnológicas e o papel da mobilidade urbana
Arquitetos e executivos destacam importância da sustentabilidade, adaptações tecnológicas e o papel da mobilidade urbana
Em contraste ao movimento de devolução ou encolhimento dos escritórios observado durante a quarentena, a tendência do segmento agora é adotar espaços mais amplos.
“O padrão era que cada estação de trabalho tivesse cerca de sete metros. Depois da pandemia, estamos vendo as estações subindo para 10 a 14 metros”, exemplifica Felipe Giuliano, diretor de Locação e Pesquisa da CBRE.
De elementos da fachada do edifício à inclusão de plantas nos escritórios, os green buildings devem assumir um posto de protagonista neste novo momento dos prédios corporativos.
“Nota-se uma transformação no aproveitamento dos terrenos, com a integração entre arquitetura corporativa e áreas verdes”, aponta Paula Casarini, CEO da consultoria imobiliária Colliers.
Não adianta, porém, encher os escritórios de plantas se a maior queixa dos trabalhadores em relação à volta ao trabalho presencial não for resolvida. São horas perdidas em congestionamentos, transporte público lotado e rotas desconfortáveis.
Uma das soluções defendidas por Luiz Felipe Aflalo Herman, sócio-diretor do escritório aflalo/gasperini arquitetos, é a centralização dos prédios corporativos.
Especialistas antecipam o desenvolvimento de cada vez mais super complexos empresariais que vão ofertar aos trabalhadores uma infinidade de serviços incluindo lavanderias, farmácia, restaurantes, academias e spas.
Se o mercado de trabalho já precisou se adaptar às inovações impulsionadas por novas tecnologias, os escritórios não ficarão muito atrás.
“A incorporação de inteligência artificial, da internet das coisas e de espaços verdes autossustentáveis cria um ambiente mais eficiente e alinhado às novas exigências corporativas”, defende Casarini.