O mercado imobiliário de alto padrão na capital de Alagoas está aquecido e a vista do oceano cada vez mais disputada.
Considerada a dona de uma das orlas mais bonitas do País, Maceió atrai turistas de todos os cantos do mundo.
Até novembro de 2024, quase 2,5 milhões de passageiros desembarcaram em Maceió, segundo dados da Aena Brasil (Aeroportos Nordeste do Brasil S/A).
Este fluxo de turistas é um dos motivos para a valorização imobiliária em Maceió, afirma Débora Cavalcanti, professora de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
“Observamos grandes lançamentos de estúdios e apartamentos de um quarto para esta região. Geralmente eles são pensados para investidores e fundos imobiliários”, aponta Cavalcanti.
Outro argumento para a valorização imobiliária na região, segundo a professora, foi um desastre ambiental que afetou mais de 60 mil pessoas em Maceió.
O afundamento do solo causado pela exploração das minas de sal-gema pela empresa Braskem afetou 2,5% da área urbana da cidade. A região afetada pelo desastre era residencial e as famílias que lá viviam precisaram se mudar.
A tragédia despejou milhares de famílias no mercado imobiliário, o que aumentou a demanda e impulsionou vertiginosamente o preço dos imóveis na capital. De acordo com o Índice FipeZAP, o preço médio do metro quadrado avançou quase 100% desde 2018.
Entenda como o turismo, a especulação e um desastre ambiental estão aquecendo o mercado imobiliário de luxo em Maceió: