Como ficam os fundos imobiliários com a Selic a 12,25%?

Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deste ano, a taxa básica de juros (Selic) chegou a 12,25% ao ano.

O anúncio indica um cenário desafiador para os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) no Brasil e uma mudança no perfil dos investidores e investimentos no próximo ano.

A alta de 1% registrada pela Selic ilustra o ambiente de oscilações que a taxa de juros viveu durante 2024. Após ter começado o ano em 11,25%, ela passou por cortes moderados e chegou a se estabilizar em 10,50% no primeiro semestre.

Esta volatilidade, segundo Larissa Nappo, analista de FIIs do Itaú BBA, reforça a atratividade da renda fixa, em detrimento dos fundos imobiliários.

“Com juros mais elevados, o mercado de FIIs enfrentou restrições de liquidez, fechamento de janelas de captação e aumento do custo de oportunidade, pressionando suas cotações, especialmente dos fundos sensíveis ao custo de capital, como os fundos de tijolos”, analisa Nappo.

A performance dos fundos imobiliários diante da Selic alta é especialmente conturbada para os fundos de tijolos – aqueles relacionados a imóveis físicos.

“Com destaque para os de lajes corporativas, que são mais sensíveis às alterações da taxa de juros, apresentando quedas significativas devido a fatores como alto patamar de alavancagem e portfólios com imóveis de menor qualidade e localização”, situa a analista.

Para Luis Assis, especialista em real estate da Genial Investimentos, este é o segmento que mais deve sofrer com os juros altos.

“Como o mercado de FIIs ainda é, em grande maioria, composto de pessoas físicas que buscam os rendimentos mensais, os fundos de tijolo tendem a ser mais descontados por pagarem dividendos inferiores aos de papel nesses momentos”, contextualiza

Entenda como os fundos imobiliários são impactados pela Selic a 12,25%:

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