Como as tarifas de Trump podem impactar o mercado imobiliário brasileiro?

Poucos sentimentos geram tanta preocupação à economia quanto a incerteza. E é disso que o governo Donald Trump tem se alimentado nas últimas semanas.

Em ondas, o presidente dos Estados Unidos avançou e recuou na implementação de novas taxas de exportação para diversos países, incluindo o Brasil. Enquanto isso, o mercado imobiliário nacional transpira para prever o impacto das medidas.

“É difícil prever o cenário a longo prazo porque estamos falando de um presidente que não dá para antecipar o próximo passo. Tudo pode mudar”, comenta Daniel Ribeiro, CEO da G.D8 Incorporadora.

Uma potencial taxação, ele acredita, geraria um excesso de oferta interna e a consequente diminuição de preços.

“Essa desvalorização seria ainda mais pressionada pela oferta de produtos chineses que deve se espalhar pelo mundo para compensar a taxação americana”, indica o executivo.

A perspectiva é corroborada por Fábio Moraes, economista da E2+, que diz que é possível antever a influência em produtos como o alumínio e o aço.

“Os EUA têm uma elevada dependência da compra de transformados de alumínio, com baixa capacidade de substituir esses produtos importados por produção local no curto prazo”, aponta.

Assim, as medidas protecionistas têm o potencial de gerar readequação de fluxos de comércio no mundo, enquanto os produtores nacionais de aço e alumínio podem passar a sofrer mais concorrência de produtos importados no mercado doméstico.

Para o economista Carlos Honorato, a falta de previsibilidade é o maior desafio deste embate entre os EUA e o restante do mundo.

“Toda essa instabilidade que você tem na economia chega ao investidor e ao comprador, que podem preferir esperar um pouco mais antes de entrar numa roubada”, argumenta.

Entenda como as incertezas e o risco de mudanças nas tarifas de aço podem impactar o mercado imobiliário brasileiro:

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