Arquiteto do prédio mais alto de São Paulo acredita que verticalização representa avanço do mercado imobiliário

Com 171,7 metros de altura e 50 andares, o Platina 220 é um símbolo arquitetônico de São Paulo.

Construído pela Porte Engenharia e inaugurado em 2022, o prédio mais alto da capital paulista faz parte do Eixo Platina, um projeto urbano encabeçado pela incorporadora para adensar a região leste e se tornar um polo econômico da cidade.

O escritório de arquitetura Königsberger Vannucchi lidera alguns dos empreendimentos construídos dentro do Eixo e entende que este é um movimento necessário.

“O Platina 220 é a ponta de um iceberg. Ele simboliza a intenção de transformação de um bairro por meio da iniciativa privada”, acredita Jorge Königsberger, Sócio Fundador do escritório e um dos arquitetos responsáveis pelo edifício.

O Platina 220 está prestes a perder o posto de prédio mais alto de São Paulo para o Paseo Alto das Nações. Em construção pela incorporadora WTorre, o edifício de 219 metros terá foco comercial e será inaugurado no final de 2025.

A Cyrela também já anunciou o lançamento do maior prédio residencial de São Paulo, um empreendimento de 206 metros em parceria com Safra e grife Armani/Casa.

Königsberger não lamenta a queda no ranking. Pelo contrário, é categórico ao afirmar que o surgimento de mais arranha-céus representa um sinal positivo para a cidade.

“Existe um debate sobre os problemas da verticalização. Dizem que isso pode criar sombra em cima da casa da velhinha, que vamos perder a memória das vilas e dos bairros industriais”, ilustra.

“Todo mundo brincou no quintal e na rua, mas quando começa a vir muita gente para o mesmo lugar, o que você faz? Não faz sentido espalhar os moradores, é preciso amontoar as pessoas”, defende o arquiteto.

Leia a entrevista completa de Jorge Königsberger:

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