De acordo com um estudo da Urbit, os empreendimentos imobiliários lançados na cidade em 2024 estão menores e mais longes das estações de metrô.
Segundo o estudo, a tipologia predominante dos lançamentos econômicos (até R$ 350 mil) em São Paulo no último ano foi de apartamentos de 32 m² e preço médio de R$ 250 mil.
Cerca de 35% deles estão no centro expandido, com apenas 22% em ZEUs, áreas designadas pelo Plano Diretor para promover a densidade e a integração entre habitação, trabalho e transporte público.
“Nas ZEUs, a lei permite construir quatro vezes a área do terreno – em alguns casos pode chegar a 5 ou 6 vezes. Nas ZCs e ZMs, o potencial é de 2 vezes”, contextualiza Fernando Souza, sócio-fundador da Urbit.
“As ZEUs tendem a ser mais valorizadas, o que dificulta a viabilização de empreendimentos econômicos. E é justamente no centro expandido onde se concentra a maior densidade de estações de metrô e corredores de ônibus da cidade”, analisa.
Os dados da Urbit mostram que apenas 39% da oferta do segmento econômico (até R$ 350 mil) está localizada a até 800 metros de uma estação em operação de metrô, VLT ou trem.
Em contrapartida, 69% da oferta de médio padrão (até R$ 700 mil), 79% da oferta de alto padrão (De 751 mil a R$ 1,5 mi) e 69% do altíssimo padrão (acima de R$ 1,5 mi) estão a até 800 metros destes transportes.
Na prática, o estudo indica que o preço do metro quadrado é mais caro no centro expandido do que fora dele.
Entenda porque os imóveis econômicos em São Paulo estão mais caros e longe do metrô