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Quanto custa morar sozinho em SP? Veja como montar seu orçamento

Viver na capital paulista exige planejamento. Cidade é considerada a mais cara do País, segundo pesquisa anual de custo de vida da consultoria Mercer

Por: Da Redação 16/04/2020 4 minutos de leitura
São Paulo é o segundo Estado com o valor por mega mais caro, R$ 40/ Foto: Getty Images

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O sonho de morar sozinho significa privacidade, liberdade e autonomia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10,4 milhões de brasileiros moram desacompanhados atualmente, o que representa quase 15% de todos os domicílios do País. No entanto, para conquistar a independência pessoal e financeira é necessário muito planejamento. Especialmente quando o local escolhido é São Paulo, considerada a cidade brasileira mais cara, de acordo com dados da pesquisa anual de custo de vida, realizada pela consultoria Mercer.

O levantamento avaliou os preços em 209 cidades nos cinco continentes, incluindo imóveis, transporte, alimentação, roupas, utensílios domésticos e entretenimento. E constatou que diversos fatores, como flutuações cambiais, despesas de inflação de bens e serviços e volatilidade nos preços de moradia foram responsáveis pelos altos desembolsos.

Consumos

Por esse motivo, antes de deixar o ninho, é preciso compreender os gastos e ter organização. Para começar, mais do que o valor do aluguel, os principais gastos fixos são: condomínio, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pago à vista ou parcelado, energia elétrica, água, gás e internet. Também existem despesas com alimentação, produtos de higiene, limpeza e itens de manutenção da residência. Além disso, deve ser considerada uma reserva para possíveis emergências.

Locação

Segundo pesquisa do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), o valor por metro quadrado (m²) de um apartamento com um dormitório na cidade varia de R$ 12,92 a R$ 48,61, de acordo com o bairro escolhido. Ou seja, com base nos dados, um apartamento de 50 m² pode custar mensalmente entre R$ 646 e R$ 2.430,50, dependendo da região.

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Despesas fixas

  • IPTU – O morador da cidade da garoa paga, em média, R$ 1.398 de IPTU para um imóvel residencial, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que analisou dados sobre o imposto de 53 municípios do País. O valor é o mais alto entre as 17 capitais avaliadas, seguido de Belo Horizonte (MG), que cobra R$ 1.176 na média, e pelo Rio de Janeiro, R$ 891.

Já entre as regiões da capital paulista, a pesquisa da administradora Lello Condomínios revela que os prédios da zona sul de São Paulo cobram as taxa mais altas da cidade, R$ 1.025, acima do registrado na zona oeste, por exemplo: R$ 894. No entanto, o valor mais baixo da taxa é encontrado na zona norte, R$ 521. E na zona leste, a taxa de condomínio paga pelos moradores é de R$ 608, em média.

  • Internet – De acordo com a pesquisa realizada pela Melhor Plano, plataforma que compara planos de telecom em todo País, seguido do Amapá (R$ 59), São Paulo é o segundo Estado com o valor por mega mais caro, R$ 40.

É necessário atentar-se às operadoras que cobrem a região escolhida e os planos oferecidos por elas, visto que, dependendo da sua ocupação profissional, é fundamental contar com uma conexão de qualidade.

Despesas variáveis

Já as perdas fixas de custos variáveis, são as contas de energia elétrica, água e gás, cujos gastos variam conforme a utilização, ou seja, quanto mais tempo o morador passar em casa, mais caro pagará.

Ainda existem os indispensáveis gastos com alimentação, higiene e limpeza, que se dividem entre compras no supermercado, restaurantes e delivery. Esses valores são bastante pessoais e flexíveis, mas podem variar muito a depender da região e também do estabelecimento.

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Reserva para emergências

Ter uma reserva para emergências é imprescindível para qualquer pessoa em qualquer circunstância, sobretudo para quem saiu da casa dos pais, já que o objetivo é ser independente.

A emancipação traz consigo uma série de responsabilidades e uma das mais relevantes é a necessidade de adquirir a capacidade de solucionar os próprios problemas, que engloba, diretamente, arcar com seus custos de vida individuais. 

Desta forma, a ideia é fazer o possível para não precisar pedir auxílio por falta de organização financeira. Portanto, lembre-se de reservar uma parte do salário para este fim e só utilize quando for realmente necessário.

Como montar um orçamento?

Fazer um orçamento pessoal, que detalhe todas os recursos e despesas, é o primeiro passo para entender melhor a renda e colocar as finanças nos eixos. Veja o passo a passo:

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1 – Levante todos os seus gastos;

2 – Levante suas receitas;

3 – Escolha uma boa ferramenta para anotar as despesas e as receitas. Planilhas podem funcionar muito bem, mas alguns aplicativos facilitam o trabalho;

4 – Divida o orçamento em dois grupos: gastos fixos e gastos variáveis;

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5 – Crie metas para pagar dívidas ou economizar. Se as faturas vencidas não forem um problema, inicie destinando 10% da sua renda às economias e aos investimentos.      

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